quarta-feira, 19 de outubro de 2011

JUSTIÇA

Alguns preferem morrer a admitir. Outros admitem e escapam da morte. "Deus. preciso de ajuda".

Assim a sede vem. Somos um terreno imperfeito, unidos por sonhos partidos e promessas arruinadas. Fortunas que nunca foram feitas. Familias que nunca foram construídas. Promessas que nunca foram mantidas. Crianças de olhos arregalados presas no porão dos nossos própios fracassos.

E estamos com muita sede.

Não sede de fama, bens, paixão ou romance. Já bebemos destes bebedouros. Eles são água salgada no deserto. Eles não saciam a sede - eles matam.

"Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça".

Justiça. É disso que estamos com sede. Estamos sedentos por uma consciência limpa. Ansiamos por uma ficha limpa. Almejamos um novo começo. Oramos por uma mão que entre na caverna escura do nosso mundo e faça por nós a única coisa que não podemos fazer por nós mesmos - tornar-nos justos outra vez.

Geralmente, conseguimos algo de que temos fome e sede. O problema é que os tesouros do mundo não satisfazem. A promessa é que os tesouros do céu, sim, satisfazem.


E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:

Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.

O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.

Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.

O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador!

Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.



Lucas 18.9-14




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